quarta-feira, 7 de abril de 2010

30 razões que levam uma empresa a fechar as portas.



Provavelmente nunca ninguém lhe falou as principais falhas que você micro ou pequeno empresário pode estar cometendo na gestão financeira da sua empresa. Aproveite este artigo, o qual foi sugerido por um aluno (e empresário).
“Eu já montei e tive que fechar cinco empresas, depois dessa cruel experiência decidi voltar para a sala de aula”. Este foi o desabafo que um dos alunos do curso de Planejamento e gestão  financeira, fez no primeiro dia de aula. A resistência para sair da rotina de trabalho, originada quase sempre pelo conforto é grande, mas chega uma hora que não tem outra saída. Foi o caso deste empresário, que depois dessa triste experiência, que aconteceu entre os 33 e 58 anos de idade, decidiu buscar conhecimento e se atualizar.
Vejamos as principais falhas que temos percebido na área financeira, tanto em trabalhos de consultoria e assessoria, como em cursos abertos e fechados:
  1. Acreditar que basta colocar um software de gestão financeiro para controlar as contas da empresa;
  2. Acreditar de que somente um funcionário pode tomar conta das finanças, dependendo do tamanho da empresa;
  3. Acrescentar às contas da empresa, suas contas particulares e até as contas da família, para o funcionário controlar;
  4. Misturar as contas da empresa com as contas particulares, inclusive com cartões de crédito pessoal, transferências de contas (pessoa física / pessoa jurídica), etc;
  5. Fazer retiradas avulsas das contas da empresa, durante o mês, de acordo com sua necessidade particular;
  6. Valor do pró-labore crescente e/ou indefinido (variável) todo mês;
  7. Não registrar as entradas e saídas de dinheiro com precisão e no instante do fato;
  8.  Não dispor de um plano de contas gerencial (não tributário) que identifique e agrupe as principais contas da empresa (entradas e saídas no caixa e receita e despesa no demonstrativo de resultados);
  9.  Exigir do funcionário melhor controle, sem este dispor das condições, da segurança e da autonomia para controlar o caixa;
  10.  Colocar o funcionário do financeiro para fazer outros serviços ou serviço externo;
  11. Pegar dinheiro do caixa, sem comunicar o responsável pelo controle;
  12. Acreditar que o saldo do caixa no final do mês é o lucro da empresa;
  13. Não controlar e fazer inventários periódicos, valorizando o estoque;
  14. Não dispor de controles a fim de conhecer com precisão o estoque inicial, estoque final e o custo da mercadoria vendida (ou custo da matéria prima);
  15. Gastar o saldo do caixa para pagar contas particulares e outros negócios;
  16. Não fazer uma reserva de caixa para despesas eventuais de final e inicio de ano; 
  17. Acreditar que é difícil (ou impossível) fazer uma previsão de fluxo de caixa;
  18. Confundir lucratividade com rentabilidade;
  19. Confundir fluxo de caixa com demonstrativo de resultados;
  20. Confundir custos fixos com variáveis e vice versa;
  21. Acreditar de que acrescentando uma porcentagem “X” aos custos operacionais, é a forma correta de formar o seu preço de venda;
  22. Não considerar descontos, devoluções, garantias e as despesas escondidas, como: encargos sociais, depreciação, seguros, etc., na apuração de resultados;
  23. Confundir contas de caixa com contas de resultados;
  24. Confundir regime de caixa com regime de competência;
  25. Não calcular e atualizar o capital de giro necessário para a empresa;
  26. Não conhecer e nem calcular o seu ponto de equilíbrio para controle, tomada de decisões e criação de estratégias sazonais;
  27. Não saber com precisão qual o lucro (ou prejuízo) da empresa;
  28. Acreditar de que são os funcionários que precisam da empresa (emprego);
  29. Contratar mais parentes baseado somente pela confiança e/ou por pena;
  30. Prescindir das novas tecnologias da informação.... etc

Como conseqüência dessas inconformidades, a empresa estagna, não consegue mais crescer e logo em seguida passa a pagar seus compromissos com atraso, depois passa a depender de empréstimos bancários e por último passa a demitir funcionários para diminuir a folha de pagamentos. Com isso cai a produtividade e a qualidade dos serviços, daí os clientes começam a migrar para os concorrentes mais atualizados e agressivos, terminando com o fechamento do negócio. Essa é a triste historia deste aluno e de milhares de empreendedores e pequenos empresários do Brasil e do planeta inteiro.  O negócio era bom em quanto era pequeno – dava para administrar e ganhar dinheiro. Agora, as condições externas e internas estão muito diferentes, os clientes estão cada vez mais exigentes, existem muito mais opções no mercado para atender as mesmas necessidades. Depois que a empresa começa a crescer, a situação fica mais difícil de administrar.

Se pelo menos 5 destas situações estiverem acontecendo com você (ou com seu amigo), sua situação é delicada e muito perigosa. A tendência é piorar cada vez mais. Aceite meu conselho: procure um bom profissional para lhe assessorar – e  cuidado com consultores amadores que cobram barato.

(*) Federico Amory é o líder principal e consultor da Eficaz consultoria de gestão parceiro da Maxximus Consultoria.

 Comentários:
CARLOS MORAES disse:
Março 31 de 2010 às 12:18 hs.
Se as empresas Brasileiras atentassem mais a estas "regras" de contabilidade , com certeza as estatisticas do Sebrae de fechamento de empresa reduziria drasticamente. Neste ponto nossos empresarios / executivos são muito amadores.
Guillermo Juan disse:
Março 25 de 2010 às 16:08 hs.
O alerta vermelho do meu negócio está a todo vapor depois desses trinta itens... valeu pela experiência
joseane disse:
Março 17 de 2010 às 18:22 hs.
Adoreia a matéria, procuro está sempre aqui lendo tudo e aprendendo, pois tenho uma empresa com 5 anos de vida, e ás vezes me desanimo, mas quando abro aqui e leio tantas coisas valiosas me dá vida nova e idéias novas ..parabénsss
lilica disse:
Março 17 de 2010 às 17:35 hs.
Por experiência própria, não ter controle exato dos custos, e misturar conta pessoal com a da empresa somado a tudo isso ainda ter que pagar aluguel pelo ponto, aí não tem à quem recorrer.Fechei !!!!!!!
jose macedo disse:
Março 17 de 2010 às 14:30 hs.
TEMOS QUE FOCAR TODAS AS ATRIBUIÇÕES NEGATIVAS , ADVERSAS E OBSCURAS QUE CONTUDO ARRASA A VIDA DE NOSSAS EMPRESAS. O CONTEUDO PROFIDENCIAL DESTE DESASTRE, VENHA A SER A INCAPACIDADE DE ALGUNS EMPRESARIOS QUE NÃO ESTÃO NEM AI PARA OS 30 ITENS, QUE LEVAM AS EMPRESAS A FECHAREM AS SUA PORTAS.
Romero Titman disse:
Março 17 de 2010 às 14:29 hs.
Quantos pequenos comerciantes vivem exclusivamente da renda de seus negócios. Espremidos entre duas despesas, a da empresa e a pessoal e uma única renda, do seu negócio. Acho que exigir tudo isso é totalmente fora da realidade brasileira. Razões para um negócio quebrar passa também por impostos altos, legislação trabalhista onerosa e arcaica e a falta de infraestrutura e segurança das cidades, que aumentam sobremaneira o custo das empresas. Falar é fácil, fazer é que são elas.
Fábio Luiz disse:
Março 17 de 2010 às 11:12 hs.
Nossa parece que vc falou sobre a empresa que eu trabalhava !!! principalmente na parte misturar as contas de pessoa física com jurídica, colocar parentes, e demissão de funcionários !!! Vc pontuou certeiramente !AbraçosFábio
alisson disse:
Março 12 de 2010 às 13:26 hs.
realmente foi uma batalha, fechar cinco empresas para acertar o foco, essas trinta razões estão muito voltadas para o capital, eu acho que um bom marketing, e principalmente focar no cliente é a solução para que o negócio não feche, pois ha empresas que encontramos por ai a fora que não sabem nem como se tratar seus clientes, por isso devemos sempre estar nos aprimorando.
Hellen Juliana disse:
Março 12 de 2010 às 10:07 hs.
É uma pena que demorou tanto para você aprender, mas antes tarde do que nunca. Não se ofenda com o comentário, mas na verdade eufico lisonjeada, agradecida e honrada em saber que, apesar de ter-lhe custado muito caro para aprender todas essas lições, tenho certeza que aprendeu outras também, e você, ainda assim, compartilha informações tão preciosas para quem está na iminência de passar da pequena para a média empresa. Obrigada, estou processando (analisando) cada um dos 30 conselhos.
FERNANDO DIAS COSTA disse:
Março 11 de 2010 às 13:06 hs.
Quantas empresas pecam nos 31 intens!!!!
ANA PAULA NAZARETH GUARDIA YAMASHITA disse:
Março 11 de 2010 às 11:41 hs.
Parabéns pelo seu artigo.Eu o tomarei emprestado para minhas aulas, onde sempre gosto de enfatizar, já no terceiro semestre de curso a diferença entre Regime de Caixa e competência.Sucesso. Abs. Ana Paula Yamashita
Tatiana Cristina disse:
Março 11 de 2010 às 10:06 hs.
Sr. Amory, não só concordo plenamente, como aprendi sobre isso durante 4 anos na faculdade, e estou presenciando todos estes erros na empresa em que trabalho. Ao mesmo tempo que desejo sair e buscar uma empresa melhor, me encontro desejando que a empresa melhore com ou sem minha contribuição, embora esta seja mínima pois o verdadeiro problema está na "Presidência". É de fato lamentável avistar tantas empresas brasileiras exatamente como a que trabalho nas mãos de alguém que parece estar apenas "brincando de ser empresário", e que não entende o que é administrar empresas porque nunca tentou compreender a questão.
Valmir Cimenti disse:
Março 11 de 2010 às 08:16 hs.
Concordo com o Flavio quando diz que o autor focou nos resultados financeiros, realmente se os outros indicadores da empresa não forem monitorados como indice de satisfação do cliente e quantidade de produtos vendidos, a empresa não terá receita e de nada adiantarão os controles financeiros, a empresa estará fadada ao fracasso. valmir00@yahoo.com.br
Flávio Pavanelli disse:
Março 11 de 2010 às 05:52 hs.
O que se pode perceber, é que o autor focou apenas na parte financeira. Gostaria de ressaltar que se não der atenção à outras partes básicas, porém importantes, o négócio também não vai para frente. Acredito que um bom atendimento, uma equipe de vendas ebm treinada, recursos para publicidade e marketing, um pós-venda que funcione. Do que adianta ter as finanças em dia, se seu produto não vende? É um conjunto de fatores a ser analisado, para que cada dia a empresa se torne competitiva e agressiva nesta selva capital! Abs a Tdos!!!
nivaldo felipe disse:
Março 10 de 2010 às 17:50 hs.
realmente e otima a materia parabens,
Oscar disse:
Março 10 de 2010 às 17:02 hs.
Gostei do artigo pois acredito para a formação de empreendedores se faz necessário artigos e matérias que ajudem na reflexão do andamento de uma organização.Assim saberemos o caminho certo a começar o négocio.Parabéns.Oscar Miller dos Santos Paula
Marcella Melosi disse:
Março 10 de 2010 às 13:32 hs.
Caro Sr. Amory, parabéns pela excelente matéria publicada neste site!O assunto é tão interessante para mim, que logo após ler o seu artigo, decidi trazer este mesmo assunto para a minha Monografia do curso de Gestão Empresarial da Faculdade de Tecnologia de Americana. Com certeza este artigo irá me auxiliar e muito nos meus estudos, e aposto que será um trabalho bem inovador na faculdade.Grata,Marcella Melosi

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